07/11/2008

amon düül ii - yeti (1970)

Só a capa mete medo, hã? Reza a lenda que é um dos roadies da banda quem brande a gadanha.
Os tempos não eram fáceis, na Alemanha dos anos 60.
Pioneiros da cena cena krautrock ("kraut", para quem não sabe, é couvinha da boa, daquela que se come com a salsicha), os senhores que tocavam nos Amon Düül acharam que uma banda não chegava, resolvendo por isso fazer outra - mas só com os membros da primeira que sabiam realmente tocar.
Surgem assim os Amon Düül II, que partem logo a loiça toda no primeiro álbum, Phallus Dei (ou "A Pila Dele", na língua de Camões), seguindo-se este duplo e magnífico Yeti. Só para terem uma ideia, a primeira música tem quase um quarto de hora e começa duas vezes, dando ainda direito a uma secção completamente frita lá para o meio, com canto lírico e violino a derreter. E esta é a parte ensaiada do álbum (a segunda é toda improvisada)!
Quem julga pelas guitarrinhas que vai ouvir uns Crimson ou qualquer outra coisa vagamente prog, desengane-se. Eu, quando penso que já descortinei mais ou menos isto, começo a ouvir a Renate a cantar e sinto-me logo a queimar os bigodes à fogueira, com a merda dos hippies todos. Enfim, dá mesmo direito a tudo, até ao "single" Eye-Shaking King, que alguém fez o favor de retirar do YouTube.
Por falar, em tirar de circulação, não sei quem foi a alma que resolveu que o link dos Earthless que eu deixei aqui estava a violar alguma lei, mas o meu texto de certeza que não estava.
Quer dizer, algumas de gramática e outras tantas do bom gosto, talvez, mas bastava tirarem o álbum. Obrigades.



Bolachinha
Crítica no AMG
Bio no AMG


* esqueci-me do mais importante. o disco é muito bom, mas o melhor mesmo será vê-los na Holanda, no Roadburn 2009.

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