28/10/2008

É TEMPO DE VINDIMAS. **VITTO VENDETTA**


Para o caso de se estarem a perguntar o que é feito do Joe Vendetta e do K-jo (tenho a certeza que ninguem se perguntou nem 1 segundo), tenho a dizer que estamos numa fase diferente da que nos levou a fazer este blog. Ou seja, se quando criamos isto estavamos a absorver muita musica que não conheciamos e com uma pica tremenda para a mostrar a mais pessoas.
Posso dizer agora que estamos mais numa de libertar toda a inspiração que inconscientemente fomos absorvendo. Mas nada premeditado. É assim a vida. Os ciclos. O colher e o apanhar, o comer e o cagar.

Depois do dinheiro, tempo e esforço investido na criação da musica que queremos fazer. Acho estarmos finalmente a vindimar as nossas ramadas e a encher as primeiras gigas com os frutos que plantamos. Esperem algum post sobre o que temos vindo a trabalhar para breve.

Não que o nosso amigo, Sr. Napalm Neto se sinta só. É ve-lo sempre acompanhado do melhor que há por aí em termos de rockalhada para seguidores do Prof. Bambo e sacrificadores de animais domesticos e não domesticos. Um peixe na água.
Deixo aqui em especial para ele um bombonzinho virtual:

A musica é dos Mastodon. Não sei se é da preferencia do Sr. Napalm, mas a parte do falsete parte tudo. LIIIIIINOOOOLEEEEEUUUUUMMMMMMM KNIIIIIIIIIFE.
E já agora deixo o desafio para um post sobre os melhores falsetes de metal e rock ou alguma coisa parecida. Tou a ficar viciado neles.

RUUUUUUUUNNNNN IT OVEEER AAAAFFTEEEER THEE SHOWWWWWW.

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH.




23/10/2008

zeni geva - desire for agony (1993)

Hoje dói-me a garganta e, por isso, em vez de me enfrascar com 2mg de Bradoral, resolvi sacar de outra pomada. Mais potentes que o hidromel do Manel, os japonocas Zeni Geva andam "a partir esta merda toda" há mais de 20 anos. Quem disse que os nipónicos não faziam coisas para durar?
Aspirantes a serem o próximo Joey DeMaio ou adeptos das frequências graves em geral: esqueçam! Estes gajos só conhecem dois botões; middle e treble. Aliás, agora que penso nisso, nem sequer têm baixista. Não tenho muito mais para dizer acerca deste disco, por isso lembrei-me de contar uma anedota sobre baixistas. Sabem porque é que as bandas têm baixistas? Para fazer a tradução para o baterista. OK, os bateristas e os tradutores também não ficaram lá muito bem vistos.
Adiante. Thrash, industrial, math, prog, doom, sludge, e mais coisas que não me apetece pôr em itálico, o que interessa é que são uns fodidos e que o Steve Albini gosta deles. O som faz-me lembrar um cruzamento entre Swans antigo e Jesus Lizard, se bem que às vezes também pode arrancar para modo Motorhead ou Sonic Youth. O chefão, K.K. Null, grita como um samurai, ora cometendo um ignominioso seppuku, ora inebriado pelo sangue da vitória. Mas deixa-me lá estar caladinho, que o comprimido já está a fazer efeito e amanhã também preciso da voz. Who cares 'bout what I think, anyway?


* Aparentemente, o pessoal do Allmusic não se deu sequer ao trabalho de escrever uma mini-biografia da banda. Bem, ninguém é perfeito. Quem quiser, que procure.


Crítica do AMG
Bolachinha

08/10/2008

secret chiefs 3 - second grand constitution and bylaws (1998)



Antes de andar meio país com a patareca aos saltos por causa do FMM, do Kusturica, e daquele "artista do Mali" com um nome impronunciável, já no outro lado do Atlântico o sr. Trey Spruance aproveitava os longos períodos sabáticos dos Mr. Bungle * para urdir o seu plano de domínio global.
Que introdução de merda.
Na semana passada fui ao Porto para ver estes gajos. Chamemos-lhe "chefes secretos", pode ser? que agora a palavra "secreto" está muito na moda! A sério, fui de propósito ao Porto - obrigado à mesma, Amplificasom -, que ainda por cima levou 4 do Arsenal nesse dia. Não se faz!
Mas quem lambeu todos os truques de guitarra do "King for a Day, Fool for a Lifetime" **, não podia deixar passar a oportunidade de ver aquele barbudo encapuzado, ainda com restos de comida turca no bigode, a passar por entre as 300 (?) pessoas que se empacotaram no Plano B, qual camelo saciado de água a trotar por entre as pedrinhas. A parte de ainda ter comida turca no bigode é capaz de ser exagero.
Muito pouco se viu deste álbum naquela noite de terça. Pareceu-me a típica "injecção do último disco que vocês têm de ouvir", mas que até resultou bastante bem ao vivo. Por outro lado, senti-me um bocado como quando os Mr. Bungle vieram cá impingir o "California".
Agora o disco. Esqueçam o que sabem sobre world music. O mundo é outro, é só deste gajo, e é completamente frito. Estão lá o Shankar, o Kuti, o Morricone, mas também o Brian Setzer, o Kerry King e o Alec Empire. Viram como se evita falar de estilos? É uma salada do caraças.
Creio que este foi o último (segundo) álbum dos "chefes" a contar com Danny Heifetz e Trevor Dunn: a secção rítmica do demónio que eu não me importava nada de ter visto agora, mas terá de ficar para a próxima. Amor antigo, volta já para o meu MP3. Só parem quando deixarem de ouvir os ventos do deserto.



Crítica do AMG
Bio do AMG
Bolachinha

* quem não sabe quem são os Mr. Bungle, pode parar de ler aqui.

** última hipótese para pararem de ler .