23/10/2008

zeni geva - desire for agony (1993)

Hoje dói-me a garganta e, por isso, em vez de me enfrascar com 2mg de Bradoral, resolvi sacar de outra pomada. Mais potentes que o hidromel do Manel, os japonocas Zeni Geva andam "a partir esta merda toda" há mais de 20 anos. Quem disse que os nipónicos não faziam coisas para durar?
Aspirantes a serem o próximo Joey DeMaio ou adeptos das frequências graves em geral: esqueçam! Estes gajos só conhecem dois botões; middle e treble. Aliás, agora que penso nisso, nem sequer têm baixista. Não tenho muito mais para dizer acerca deste disco, por isso lembrei-me de contar uma anedota sobre baixistas. Sabem porque é que as bandas têm baixistas? Para fazer a tradução para o baterista. OK, os bateristas e os tradutores também não ficaram lá muito bem vistos.
Adiante. Thrash, industrial, math, prog, doom, sludge, e mais coisas que não me apetece pôr em itálico, o que interessa é que são uns fodidos e que o Steve Albini gosta deles. O som faz-me lembrar um cruzamento entre Swans antigo e Jesus Lizard, se bem que às vezes também pode arrancar para modo Motorhead ou Sonic Youth. O chefão, K.K. Null, grita como um samurai, ora cometendo um ignominioso seppuku, ora inebriado pelo sangue da vitória. Mas deixa-me lá estar caladinho, que o comprimido já está a fazer efeito e amanhã também preciso da voz. Who cares 'bout what I think, anyway?


* Aparentemente, o pessoal do Allmusic não se deu sequer ao trabalho de escrever uma mini-biografia da banda. Bem, ninguém é perfeito. Quem quiser, que procure.


Crítica do AMG
Bolachinha

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