16/07/2008

16 horsepower - low estate (1998)




Já dizia o velho Zappa (aqui, numa tradução livre) que escrever sobre música era como dançar ao som de arquitectura. De início resisti, mas as capacidades persuasivas do jovem Vienetta ajudaram-me a concluir que tanto os meus dotes de dançarino como a minha prosa eram risíveis. Assim, porque não tentar? Além disso, começo a ficar surdo do ouvido direito.



Deixo-vos então com a última delícia que grassou pelas paredes do meu covil, como manteiga de amendoim no céu da boca.
Descobri esta semana um belíssimo disco dos 16 Horsepower, que categorizo presunçosamente como "daqueles discos que toda gente tem de ouvir", por oposição "àquele disco que a tua tia pensava que tu querias pelo Natal".
Como sempre, fiz as coisas ao contrário. No Verão passado, aquando de uma viagem pelo Magreb, comecei a viciar-me num álbum dos Woven Hand - a banda mais recente do chefão da cavalagem -, até que descobri a génese: estes senhores!
Pesquisando mais sobre David Eugene Edwards (o dito chefão; chamemos os bois pelos nomes, senão depois fazemos má figura no Fórum Sons), soube também que colaborou com os Slim Cessna's Auto Club, outra banda que conheci há poucos meses e que, estou certo, será do agrado do Vienetta.
Será ainda cedo para dizer o que este conjunto de canções significa para mim, talvez mesmo pelo facto de se tratarem de canções e de as minhas orelhinhas começarem apenas agora, lentamente, a reabituar-se às coisas bonitas. Por isso, não se admirem se o próximo disco for de Cephalic Carnage.
Com esta conversa toda, imagino que já ninguém queira ouvir esta merda. Não me liguem.
A sério, é bom. É o folk mais alternativo que já ouvi. Ui ui. É da cena! E o vocalista de Noir Désir canta na última música. Aquele gajo que ficou de cana na Lituânia por esmagar os cornos da mulher contra a parede. Eu casava-me com ele *coraçõezinhos*...




Bluntem-mos.



Bolachinha
Biografia no AMG
Crítica do AMG

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